quarta-feira, 18 de maio de 2011

O fio de Ariadne


Creta. Cidade do labirinto. Todos os anos era exigido à cidade de Atenas que prestasse tributo: sete jovens e sete donzelas deveriam ser entregues ao terrível destino de serem caçados e devorados pelo Minotauro naquele interminável espaço de túneis sem saída. Teseu, príncipe ateniense, resolve dar fim a este monstro. Dispõe-se a ser um dos sacrificados. Assim que chega à Creta conhece Ariadne, filha do rei Minos. Ela apaixona-se perdidamente pelo já famoso heroi, e como Medeia, resolve ajudá-lo na tarefa. Entrega-lhe uma espada para matar o Minotauro e um novelo para guiá-lo de volta à saída com a promessa de que a levaria para Atenas e lá se casaria com ela. Teseu, graças a princesa, consegue ser bem sucedido. Põe fim ao tempo do terror causado por Astérion, assim se chamava o monstro de cabeça de touro e corpo de homem.
Partem rumo à cidade do jovem, mas ao aportar na ilha de Naxos, este muda de ideia , deixa Ariadne adormecida na praia e segue viagem sozinho. Quando acorda, a princesa de Creta fica desconsolada. Afrodite se compadece de sua dor e lhe promete que será amada por um imortal.
Dioniso a encontra, dela se enamora e casam-se. O deus lhe dá uma magnífica coroa de ouro, cravejada de pedras preciosas. Quando ela morre, ele atira a coroa aos céus, as pedras vão se tornando cada vez mais brilhantes até que se transformam em estrelas conservando a antiga forma da joia. Para sempre Ariadne será lembrada. Nas histórias, por seu fio que conduz à vitória e nos céus, pela beleza de suas estrelas.
Quanto a Teseu, confirmava a ascendência do patriarcado que destruía os símbolos do feminino ou os subjugava. Teve seu merecido final trágico.
Apesar de tanta dor e ingratidão, entre este heroi e Dioniso, creio que Ariadne acabou ganhando.

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