quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Mais de Afrodite

Há algum tempo eu e a Cris Balieiro iniciamos um diálogo entre as Deusas da Mitologia e as Princesas dos contos de fada. Falávamos das dimensões psicológicas com as princesas e tocávamos respeitosamente o sagrado com os arquétipos das Deusas.Os diálogos começavam entre elas, continuavam conosco e seguiam com os grupos de mulheres. Os encontros eram os mais inusitados e partíamos do princípio que todos os personagens do conto bem como as possibilidades das deusas estavam dentro de nós. Não trabalhávamos com tipologias e sim com "visitações" ou constelações como diria Jung: num determinado momento um aspecto até adormecido pode acordar e tomar a primazia.
Um dos encontros mais produtivos foi o de Afrodite, a deusa dos encontros , conversando com Chitrangada,
 uma princesa do Mahabharata, masculinizada e desengonçada, que se apaixonava pelo heroi e humildemente
suplicava por um milagre à deusa do amor. Como uma mulher tão sem atrativos poderia tocar o coração daquele belo jovem. A Deusa atende e a transforma numa belíssima mulher por apenas um ano. E depois?
O que buscamos no encontro amoroso? O que nos move e comove quando estamos tomados pela Deusa?
Qual a beleza que toca e cria mundos?
Afrodite se mostra muito mais poderosa nas transformações que mobiliza através dos encontros do que quando invocada para achar príncipes encantados. Com Psiquê( e esta é uma outra longa história) é implacável mas faz de uma menina adorada uma mulher digna de um relacionamento profundo com o próprio Amor. Invocá-la exige coragem porque quando ela resolve te transformar não tem para onde correr. Mas vale sempre a pena...

Um comentário:

Lu Saharov disse...

Querida amiga...que lição maravilhosa aprendi hoje, para aplicar com as mulheres de meu círculo. Gostaria de trocar com você, maiores informações, para conhecer melhor as estratégias aplicadas. É possível?
Grande beijo com admiração e carinho!

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