quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Clarissa Pínkola e a intuição

Cresci numa comunidade religiosa que tinha a Bíblia como centro. Aprendi a ler muito cedo neste livro sagrado que exigia atenção e leitura diárias. Talvez por isso eu tenha uma relação semelhante com alguns outros livros com os quais esbarrei pela vida e que, se não são sagrados, falam da alma. Estou relendo pela enésima vez "Mulheres que correm com os lobos" e me deparo com preciosidades trazidas à luz por Clarissa Pínkola. Seu capítulo sobre a Vasalisa é um primor. Fala da intuição como guia de nossas escolhas. E sobretudo que temos direito a escolhas...


" Ter um companheiro/amigo que a considere como uma criatura vivia em crescimento, tanto quanto uma árvore cresce a partir do chão, uma planta ornamental dentro de casa ou um roseiral no quintal...ter um companheiro e amigos que a considerem um ser que vive e respira, que é humano mas também composto de elementos delicados, úmidos e mágicos...um companheiro e amigos que apoiem a criatura que existe em você...são essas as pessoas por quem você está procurando. Elas serão amigas de sua alma pela vida afora. A escolha criteriosa de amigos e companheiros, para não falar nos mestres, é de importância crítica para continuar consciente, para continuar intuitiva, para manter o controle sobre a luz incandescente que vê e sabe".

Estés, Clarissa Pínkola - Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem  - Rio de Janeiro, Rocco, 1994

Um comentário:

Vera Ligia disse...

Cássia, o livro "Mulheres que correm..." é maravilhoso. Já li várias vezes e faço descobertas incríveis. Este trecho que você postou é muito bom.

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