Caminhavam juntos de mãos dadas pelo parque. Dia comum entre tantos outros. Ele, do nada, lhe perguntou sobre algo do passado. Os olhos dela encheram-se de lágrimas e confessou nunca ter esquecido seu primeiro amor. Atônito, diante da verdade que pressentia por entre os suspiros, ele descontrolou-se. Nunca havia esperado isto da mulher que há tanto amava. E, afinal, quem era o tal sujeito perdido no tempo.Ela confundia-se toda ao explicar. Era um que havia avistado numa festa na adolescência... Namoraram? Não! Beijaram-se? Não! Apenas dançaram coladinhos uma daquelas baladas antigas. Mas ela tinha se enamorado dele perdidamente. Como? Não sabia dizer...
Ele, um tanto aliviado, continuou seu caminho com ela, certo de que tinha como rival o sonho.
2 comentários:
Esse é o pior dos rivais: o sonho. Contra ele não há arma que funcione!
Existe um conto de James Joyce chamado "O morto", que se tornou o último filme de John Huston, "Os vivos e os mortos", ambos muito lindos, sobre um primeiro amor distante, como esse que você conta. Lindo, lindo!
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