
quinta-feira, 31 de março de 2011
Uma história de amor e morte

quarta-feira, 30 de março de 2011
Ártemis, a Deusa livre

terça-feira, 29 de março de 2011
Anseio

Um anjo surgiu ao meu lado
segunda-feira, 28 de março de 2011
A menininha das nuvens

domingo, 27 de março de 2011
Eu e Fernando, o Pessoa

Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo comigo
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
sábado, 26 de março de 2011
Elsa e Fred

sexta-feira, 25 de março de 2011
Passeio no parque

quinta-feira, 24 de março de 2011
Uma história para se pensar...

quarta-feira, 23 de março de 2011
Bast, a protetora dos gatos

terça-feira, 22 de março de 2011
Canção de Morgana
segunda-feira, 21 de março de 2011
Quando Perséfone visita a Bela Adormecida

DIÁLOGOS FEMININOS
E apareceu um sapo...

domingo, 20 de março de 2011
Clarissa Pínkola e seu fiel jardineiro

Outro dia conversando sobre as coisas que mais me trazem prazer à existência mencionei a leitura. Alguns me olharam com certa desconfiança. Minha velha avó tinha 71 anos quando nasci e portanto nenhuma capacidade de correr atrás de um bebê cheio de vitalidade e ansioso para explorar cada canto de seu mundo. Resolveu o problema me colocando num "caixão". Deixem-me explicar: acolchoaram uma grande caixa de madeira e lá me colocaram. Para me distrair, além dos brinquedinhos comuns a todas as crianças me deram revistas da época e muitos livrinhos. Saí de lá lendo e nunca mais parei.Lembro-me de que reclamavam, e ainda o fazem, de que ao ler me transporto para dentro do livro e de nada mais preciso. Favorece intensamente meu autismo brando de quem ama passear pelas paisagens internas trazidas pelos escritores e poetas. Trato os livros como pessoas queridas que me acompanham na caminhada. Alguns li várias vezes, outros me encantam tanto que vou saboreando bem devagar para que não acabem nunca...Há alguns anos encontrei um, pequenininho e despretensioso da Clarissa Pínkola. " O jardineiro que tinha fé". Com a prosa poética de sempre ela narra várias histórias entremeadas, sendo o eixo principal a jornada de um tio que amava as florestas. Comovente por demais. a cada vez que eu dei este livro de presente percebia que as pessoas não tinham a dimensão do que estava por vir. Depois vinham os agradecimentos pela beleza contida naquelas poucas e simples páginas.Clarissa tem o poder de tocar a alma e sem pieguice trazer à tona o melhor do humano.
"O que é que não pode morrer nunca? É aquela força de fé que nasce dentro de nós, que é maior do que nós, que chama as novas sementes para os lugares áridos, maltratados, abertos, para que possamos nos ressemear. É essa força na sua insistência, na sua lealdade a nós, no seu amor por nós, nos seus meios, na maioria das vezes, misteriosos, que é maior, muito mais majestosa e muito mais antiga do que qualquer outra jamais conhecida"."Estou certa de que, enquanto estivermos aos cuidados dessa força de fé, aquilo que pareceu morto não estará morto, aquilo que pareceu perdido não estará mais perdido, aquilo que alguns alegaram ser impossível tornou-se nitidamente possível, e a terra que está sem cultivo está apenas descansando - à espera de que a semente venturosa chegue com o vento, com todas as bençãos de Deus. E ela chegará."
sexta-feira, 18 de março de 2011
Quando Afrodite nos visita...

quinta-feira, 17 de março de 2011
Os três cabelos de ouro

Os três cabelos de ouro
Uma vez, numa noite escuríssima e trevosa, o tipo de noite em que a terra fica negra, as árvores parecem mãos retorcidas e 0 céu é de um azul-escuro de meia-noite, um velho vinha cambaleando pela floresta, meio às cegas devido aos galhos das árvores. Os ramos arranhavam seu rosto, e ele trazia um pequeno lampião numa das mãos. A vela dentro do lampião tinha uma chama cada vez mais baixa. O homem tinha os cabelos amarelos e compridos, dentes amarelos e rachados e unhas amarelas e recurvas. Ele andava todo dobrado, e suas costas eram arredondadas como um saco de farinha. Sua pele era tão vincada que caía em folhos do seu queixo, das axilas e dos quadris.
Ele se apoiava numa árvore e se forçava a avançar; depois se agarrava numa outra para avançar mais um pouco. E assim, remando desse jeito e respirando com dificuldade ele ia atravessando a floresta.
Cada osso nos seus pés ardia como fogo. As corujas nas árvores piavam acompanhando o gemido das suas articulações à medida que ele seguia pelas trevas.
Dentro da casa, uma velha estava sentada diante de uma bela fogueira e ela se apressou a chegar até ele, segurou-o nos braços e o levou mais para perto do fogo. Ela o abraçou como' uma mãe abraça o filho. Ela se sentou na cadeira de balanço e o embalou. E ali ficaram os dois, o pobre e frágil velhinho, apenas um saco de ossos, e velha forte que o embalava.
— Pronto, pronto. Calma, calma. Pronto, pronto. Ela o embalou a noite inteira e, quando ainda não havia amanhecido mas estava quase chegando a hora, ele estava extremamente remoçado. Ele era agora um belo rapaz, de cabelos dourados e membros longos e fortes. Mas ela continuava a embalá-lo.
— Pronto, pronto. Calma, calma. Pronto, pronto. E quando a manhã foi se aproximando cada vez mais, o rapaz foi se transformando numa linda criancinha com cabelos dourados trançados como palha de milho.
No momento exato do raiar do dia, a velha arrancou bem rápido três fios da linda cabeça da criança e os jogou nos ladrilhos. Eles fizeram um barulhinho.
Tiiiiiing! Tiiiiiiing! Tiiiiiiiiing!
E a criancinha nos seus braços desceu do seu colo e saiu correndo para a porta.
Voltando o rosto por um instante para a velha, o menino deu um sorriso
deslumbrante, virou-se e saiu voando para o céu para se tornar o brilhante sol da manhã.
quarta-feira, 16 de março de 2011
A filha do Pai

terça-feira, 15 de março de 2011
Parafraseando...
segunda-feira, 14 de março de 2011
É dia da Poesia

Quando eu não te tinha
Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo.
Agora amo a Natureza
Como um monge calmo à Virgem Maria,
Religiosamente, a meu modo, como dantes,
Mas de outra maneira mais comovida e próxima...
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor —
Tu não me tiraste a Natureza...
Tu mudaste a Natureza...
Trouxeste-me a Natureza para o pé de mim,
Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma,
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Por tu me escolheres para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as cousas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.
Só me arrependo de outrora te não ter amado.
Manual da Auto Atrapalhação III
domingo, 13 de março de 2011
Via dolorosa

sábado, 12 de março de 2011
A Banda, o filme

Um de meus portais favoritos sempre foi o cinema. Quando digo portal é o que nos leva à uma nova dimensão interna, extensões desconhecidas que acessamos com uma imagem, um diálogo, uma história...
sexta-feira, 11 de março de 2011
Amor entre livros


quinta-feira, 10 de março de 2011
Na chuva também se vive...
As mulheres nos haréns
quinta-feira, 3 de março de 2011
Fui-me embora para Pasárgada
quarta-feira, 2 de março de 2011
Perséfone e a romã
