Há alguns anos conheci meu mestre contador de histórias. Eu o chamo mestre. Ele, tenho certeza, não aceitaria o título. Muito dele tinha ouvido falar e esperava ansiosamente conhecer. Num encontro promovido por outro mestre, o Elias, finalmente deparei-me com a figura. Passei quase todo o tempo a esperar que se dignasse a contar alguma história, pequena que fosse. Nada.
Até que na última noite ele me chamou, sentou-se numa poltrona, eu na da frente e começou a contar...Surgiram princesas, lobos, djins e muito mais. Eu , como uma criança que enfim ganhou o brinquedo, quase não conseguia ouvir de tanta alegria. Foi mágico...
Fizemos muitas coisas juntos e ele me indicou o que passaria a ser a minha Bíblia de contadora. De Clarissa Pínkola Estés, "Mulheres que correm com os lobos". Disse que eu seria transformada pela Mulher Esqueleto. Tenho sido desde então...
O livro é tão recheado de contos e possibilidades, que merece ser lido várias vezes, inteiro, ou aos pedaços. A cada vez revela novas paisagens internas, enriquecendo nossa jornada.
Compartilho um trecho que sempre me inspira:
" Diz-se que tudo que procuramos também está à nossa procura; que, se ficarmos bem quietos, o que procuramos nos encontrará. Ele está esperando por nós há muito tempo. Depois que ele aparecer, não devemos fugir. Descansemos. Vejamos o que acontece em seguida".
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