Tenho um grande amigo sonhador e idealista. Sonha com um mundo melhor. Encontrou-se com um grupo de pessoas que também desejavam melhorar o mundo. Até aí, quase todo mundo deseja. O certo é que resolveram arregaças as mangas e fazer este mundo melhor acontecer. Por onde começar? Pelo começo: pelas crianças. Onde? Numa comunidade carente em Mogi das Cruzes. Há cinco anos nascia o Centro Educacional Jabuti. Tive a honra de participar da Assembleia de fundação onde a jornada começou no concreto.
Sonhar é fácil. Realizar são outros quinhentos... Muitas águas já rolaram nesta aventura, muitas dificuldades e muitas realizações. Hoje o projeto é dividido em três frentes: a escolinha em Mogi Moderno com crianças menores, que cumpre a função de creche suprindo uma necessidade antiga no bairro; o Centopeia em Jundiapeba, que funciona num sistema de jornada ampliada, ou seja, é frequentado por crianças nos horários em que não estão na escola propriamente dita e o PETI- Prema, que faz parte do programa de erradicação do trabalho infantil. São oferecidas atividades lúdicas e pedagógicas, bem como alimentação em todos os projetos.
Há algumas semanas resolvi me juntar ao trabalho e passei a dedicar minhas sextas a isto. Trabalho na escolinha com as professoras e cuidadoras , oferecendo-lhe um espaço para que também sejam cuidadas. E com as crianças realizei um sonho antigo: conto histórias das mais diversas mitologias. Mostrando a elas novas possibilidades de compreender e criar seus mundos, tanto dentro, quanto fora. Estar ali, contemplando aquelas carinhas de olhos brilhantes que tem toda uma vida pela frente, sempre me comove. Abraçam carinhosamente, pedem colo, são disponíveis para o afeto. Renovam a esperança de que o sonho se realize e que este grande mundo tão perdido possa se descortinar novo a partir deste olhinhos que até já viram coisas dificeis, mas que ainda acreditam...
www.cejajabuti,org
Um comentário:
Cássia, parabéns pelo trabalho grandioso que você faz no Jabuti. Que teu caminho continue sempre iluminado. Beijo e forte abraço, Roberto
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