O sufismo é uma corrente do islamismo, onde os praticantes buscam uma relação íntima e profunda com o sagrado Acreditam num Deus amoroso com quem se pode ter contato através da união mística. Pode ser visto com uma filosofia de autoconhecimento que busca o sagrado através de diversas práticas, como a dança, a música, as histórias. Como o anseio pelo divino seria uma condição humana, não se prenderia à uma religião específica. Por esta visão são considerados quase heréticos pelos muçulmanos tradicionais.
As histórias sufis são constante fonte de ensinamento e alimento para a alma.
O sermão de Nasrudin
Certo dia, os moradores do vilarejo quiseram pregar uma peça em Nasrudin. Já que era considerado uma espécie meio indefinível de homem santo, pediram-lhe para fazer um sermão na mesquita. Ele concordou.Chegado o tal dia, Nasrudin subiu ao púlpito e falou:
- Ó fiéis! Sabem o que vou lhes dizer?
- Não, não sabemos
- Enquanto não saibam, não poderei falar nada. Gente muito ignorante, isso é o que vocês são. Assim não dá para começarmos o que quer que seja - disse o Mulla, profundamente indignado por aquele povo ignorante fazê-lo perder seu tempo.
Desceu do púlpito e foi para casa. Um tanto vexados, seguiram em comissão para, mais uma vez, pedir a Nasrudin fazer um sermão na Sexta-feira seguinte, dia de oração. Nasrudin começou a pregação com a mesma pergunta de antes. Desta vez, a congregação respondeu numa única voz:
- Sim, sabemos
- Neste caso não há porque prendê-los aqui por mais tempo. Podem ir embora.
E voltou para casa. Por fim, conseguiram persuadi-lo a realizar o sermão da Sexta-feira seguinte, que começou com a mesma pergunta de antes.
- Sabem ou não sabem?
A congregação estava preparada.
- Alguns sabem, outros não.
- Excelente - disse Nasrudin - então, aqueles que sabem transmitam seus conhecimento para àqueles que não sabem.
E foi para casa.
- Ó fiéis! Sabem o que vou lhes dizer?
- Não, não sabemos
- Enquanto não saibam, não poderei falar nada. Gente muito ignorante, isso é o que vocês são. Assim não dá para começarmos o que quer que seja - disse o Mulla, profundamente indignado por aquele povo ignorante fazê-lo perder seu tempo.
Desceu do púlpito e foi para casa. Um tanto vexados, seguiram em comissão para, mais uma vez, pedir a Nasrudin fazer um sermão na Sexta-feira seguinte, dia de oração. Nasrudin começou a pregação com a mesma pergunta de antes. Desta vez, a congregação respondeu numa única voz:
- Sim, sabemos
- Neste caso não há porque prendê-los aqui por mais tempo. Podem ir embora.
E voltou para casa. Por fim, conseguiram persuadi-lo a realizar o sermão da Sexta-feira seguinte, que começou com a mesma pergunta de antes.
- Sabem ou não sabem?
A congregação estava preparada.
- Alguns sabem, outros não.
- Excelente - disse Nasrudin - então, aqueles que sabem transmitam seus conhecimento para àqueles que não sabem.
E foi para casa.
4 comentários:
Um grande gozador esse Nasrudim...isso sim! Mas eu adoro suas histórias!
Grande beijo, amiga!
Sigo seu blog sempre com muito deleite!
Que ótimo...que presença de espírito e que perspicácia..srs
Obrigada, Ludmila! É sempre uma honra tê-la por aqui. Beijo.
Coisas de Nasrudin, né Sam?
Postar um comentário