Ela, uma sereia meio encantada, que tinha sido tirada do mar muito cedo. Sabia que não pertencia a este mundo sólido. Ansiava por voltar às profundezas.
Ele, marinheiro de linhagem de marinheiros, navegava desde o ventre da mãe. Corria-lhe o mar salgado nas veias.
Encontraram-se por um acaso do destino numa praça da cidade. Estranharam-se pressentindo uma ligação de outros tempos.
Ela nem precisou cantar e ele já caíra de amores. Precisava dela como das verdes águas.
Ela relutou, ele iria certamente prendê-la num cativeiro cativante...
Amaram-se sem esperanças ou previsões.
Ele, enfim, conseguiu um navio todo seu, casou-se com a princesa, seguiu sonhos de glória.
Ela sofreu um tanto até chegar ao oceano ansiado onde mergulhou e maravilhada se lembrou.
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