sábado, 7 de maio de 2011

Sobre mães...


Outro dia uma querida minha contou-me o que lhe tinha dito seu filho de quatro anos: " Mãe, eu te amo tanto que se você não fosse minha mãe eu ia te achar." Amor assim não acontece todo dia, como diz a canção. Ser mãe é tudo junto e ao mesmo tempo. Tem estes momentos pelos quais se vive uma vida. Tem aqueles em que não temos a menor ideia do porquê entramos nesta brincadeira insana.
Somos tragadas infinitas vezes por emoções conflitantes com as quais temos de lidar de alguma maneira que não prejudique muito aquele pequeno grande Outro. Winnicot, um pediatra que estendeu a Psicanálise até os bebês, graças a Deus, nos lembra que temos que apenas ser mães suficientemente boas, nem mais, nem menos e que nem adianta tentar ser perfeita e nunca errar.
Temos que criar um mundo seguro e depois gradativamente mostrar que existe frustração e que, muitas e muitas vezes, a vida dirá NÃO. Aceitar que nosso amor é limitado e que não os salvaremos nem da vida, nem deles mesmos. Missão quase impossível que cumprimos dia a dia, sem muita glória ou glamour.
Nem tudo é amor e alegria. Sabemos bem o quanto mães podem ser destrutivas e temos que encarar esta possibilidade em nós. Ir além da posse e das certezas sobre o caminho do Outro, ainda que seja filho. Desafio que pode nos tornar melhores ou apenas preencher nossos anseios por uma preocupação constante. Escolha menos complexa do que tê-los ou não tê-los. Como sabê-lo?

Um comentário:

Bel disse...

sensacional....sem outras palavras....na medida exata... (hihi) Bj gde e Feliz dia para voce querida! Bel

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