Era um dia comum. Ela se levantou como sempre fazia. Desavisada caminhou pelas tarefas costumeiras. Desconhecia a aproximação da morte que lhe visitaria duplamente, seguia feliz pela quarta-feira luminosa. Até que a notícia chegou e teve de correr para socorrer a irmã que perdera o amado. Triste via crucis de quem vai enterrar alguém tão querido. Mas a vida continuava e muito havia a resolver. Não podia sequer imaginar que no dia seguinte perderia também seu único irmão, aquele que tanto a amara e tanto a odiara. Caiu a noite deste dia tão funesto e em meio às sombras ele surgiu com seus olhos brilhantes. Trouxe consigo o aroma dos eucaliptos e das matas. Trouxe vida e trouxe dor. Fez-se noite e madrugada do resto de seus dias... Ela, nem se lembra do que um dia foi.
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