Hoje do nada me lembrei de minha professora de História da quinta à oitava séries.
Creio que se chamava Leonildes. Incrivelmente não tenho certeza do nome.
Durante anos, graças a ela, pensava que não gostava de História . Leo acreditava que para aprender a matéria era preciso saber desenhar em cadernos impecáveis tudo o que aprendíamos. Eu, que não consigo nem fazer um gato direito, sofria horrores e meus cadernos não eram exemplo pra ninguém. Não sei como tirei sempre notas altas pelas provas.
Isto só vinha confirmar a aversão que sentia pelas Humanas. Subjetividade não era critério confiável para correção das provas. Amava mesmo era Matemática de meu querido Prof. José Márcio Arid e Química. Se eu soubesse resolver os problemas ninguém poderia abaixar minha nota se não fosse com a minha cara.
Meu futuro estava decididíssimo: faria Engenharia Química!!! Como fui para na Psicologia? Em parte graças ao Caetano de Campos e à Eneida, que numa aula só me fez desistir da Matemática.
Um dos grandes prazeres que exercícios complicados podem proporcionar é depois de muito trabalho se chegar à solução. Ela nos tirou isto ao dar uma série de exercícios de trigonometria sem solução possível. Só pra desanimar. Eu, com quinze anos e um mundo a explorar, abandonei de vez o desejo de seguir qualquer caminho mais exato.
Muitas águas rolaram e a velha curiosidade de entender a cabeça da pessoas, pura presunção, me levou ao curso onde durante duas horas o professor discorria sobre o assunto tal e nas próximas duas destruía tudo o que havia postulado. Descobri que gostava de pensar perigosamente...
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